quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PROIBIÇÃO DO COMÉRCIO DE XAXIM

PROIBIÇÃO DO COMÉRCIO DE XAXIM



Por muito tempo, o xaxim foi extraído para a sustentação de samambaias no paisagismo, e esse uso descontrolado quase levou a espécie à extinção, até que uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em 2001, proibiu o seu corte e exploração.

“Uma planta de samambaiaçu leva 20 anos ou mais para atingir meio metro, seu crescimento é lento. Infelizmente, a espécie não está segura, ainda é possível encontrá-la em estabelecimentos do ramo florístico sem a devida autorização. A fiscalização precária por parte do governo facilita a venda”, revela Wagner Martins, pesquisador e diretor industrial da Biosolvit, empresa especializada em biotecnologia. Hoje, o xaxim só pode ser utilizado para fins comerciais quando obtido de cultivos autorizados, e ainda assim apenas para plantio paisagístico, nunca como substrato.


Alternativas

A espécie era abundante na Serra do Mar desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Hoje, exemplares de grande porte são encontrados apenas em alguns trechos do estado de Santa Catarina e no Paraná. A espécie está protegida por lei desde 2001, no entanto o xaxim continua sendo extraído ilegalmente.

Visto esta situação, devemos optar por alternativas ecologicamente responsáveis tais como vasos de barro, plástico, cerâmica e feitos com fibras de coco. Alterando seu habito de consumo ainda é possível salvar uma espécie muito importante para a Mata Atlântica. 

O coco é uma excelente alternativa, pois suas fibras recicladas tem se mostrado um substituto altamente satisfatório para o cultivo de flores e plantas ornamentais. Pesquisas demonstram que a fibra de coco tem boas características físicas - como retenção de água, porosidade, densidade - e, quando usada em mistura com substrato comercial, melhora estas características, inclusive tornando o material mais leve. Além disso, este uso ainda ajuda a eliminar a casca de coco do meio ambiente, já que o consumo da fruta gera toneladas de lixo nos aterros sanitários. Na Grande Rio, por exemplo, são mais de 400 toneladas diárias de coco depositadas nos lixões. Cabe lembrar que para se extrair um copo de água de coco é produzido um quilo de lixo. Desta forma, a reutilização do coco se torna duplamente eficiente. 


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